Case – Facilitando a comercialização de créditos de carbono – tokenização de créditos oriundos de ativos florestais

Case – Facilitando a comercialização de créditos de carbono – tokenização de créditos oriundos de ativos florestais

Questões que abrangem a sustentabilidade e, principalmente, a sustentabilidade que permite um retorno financeiro satisfatório e frutífero, foram e são as grandes pautas do século XXI, ganhando espaço perante consumidores, mídia e mercado nos últimos anos. O que fazer?  Como participar?  Como prosperar nesse mercado?  Essas são perguntas frequentes do setor privado e profissionais preocupados com questões ambientais e dispostos a direcionar seus investimentos em práticas que atendam, em conjunto, interesses corporativos e socioambientais, as práticas ESG (Environment, Social and, Governance).  É nesse cenário que surge a criação da Canopée[1], em 2020.

A Canopée é uma sociedade formada por um pequeno grupo de empresários e executivos de nacionalidades distintas que se uniram em prol ao meio ambiente e das comunidades que vivem em áreas de proteção e preservação.  O grupo tem como objeto gerenciar de forma direta, ou indireta, através de parcerias com proprietários de terras, programas socioambientais com o intuito de preservar e proteger áreas sujeitas à deflorestação ou à degradação, também desenvolvendo programas de reflorestamento.

Destas parcerias, os proprietários de terras passam a se comprometer com a proteção das referidas áreas e recebem uma remuneração para tanto, em que parte é destinada para aquisição de novas áreas, com os mesmos objetivos. À vista desta proteção e dos serviços ecossistêmicos realizados por estes ativos, surge o lastro do crédito – os ativos florestais.

Um exemplo de créditos oriundos dos ativos florestais, são os créditos de carbono, os quais são emitidos e apurados pela Canopée, mediante métrica e metodologia própria, e devidamente certificados por entidades especializadas.

A pergunta recorrente, afinal, é como estes créditos de carbono podem, de fato, serem comercializados de forma rápida e segura?

O ciclo iniciado com a emissão de tais créditos, reconhecendo-os como ativos, segue um fracionamento por tonelada de carbono que deixou de ser emitida ou que foi sequestrada pelos ativos florestais. Este fracionamento é realizado de forma eletrônica, a que se dá o nome de tokenização, emitindo-se tokens digitais em plataforma com tecnologia blockchain, representativos de partes dos créditos de carbono gerados, para que seja facilitada sua comercialização.

Neste sentido, é a metodologia da Canopée, com posterior certificação específica, e o sistema blockchain empregado na comercialização, que fornecem ao mercado a aquisição e venda de forma segura, ágil, trazendo a transparência necessária aos atores interessados em neutralizar suas emissões.

O VBSO alinhado com os princípios socioambientais e desenvolvimento sustentável, através da experiência multidisciplinar de sua equipe, tem realizado assessoria para o grupo da Canopée, considerando a complexidade das operações acima citadas, em especial a estruturação jurídica e regulatória do modelo utilizado pela sociedade.

 

[1] Para mais informações, acesse: https://canopee.com.br/